A aula de anatomia mais esperada do ano: Guitarra

Imagem ilustrativa das mãos de um guitarrista tocando seu instrumento

Como a maioria das inovações na história da música, a guitarra elétrica também surgiu de uma necessidade: obter maior volume. Se você ainda não sabe como nasceu esse instrumento tão popular, acesse: https://musicvaz.com.br/blog/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-seu-instrumento-guitarra/ e conheça um pouco mais sobre a história de um dos maiores ícones do Rock!

A ANATOMIA DA GUITARRA

Na construção de um corpo sólido, usado em guitarras elétricas, existem menos exigências do que na construção de uma caixa acústica, usada em um violão, por exemplo, que precisa obedecer a diversos parâmetros para que seja produzido som suficiente e timbres aceitáveis.

Esses sons são absorvidos pelos captadores que recebem a energia da vibração das cordas e a transforma em impulsos elétricos que são, então, amplificados e transmitidos a um alto-falante que finalmente reproduz o som do instrumento. Os primeiros fabricantes do instrumento, após o desenvolvimento de diversos protótipos, chegaram à conclusão de que aumentar a massa do corpo, utilizando madeiras duras e densas, reduziria a capacidade de receber e transmitir as vibrações, evitando problemas como microfonias e até mesmo a movimentação do captador.

A disposição e quantidade dos captadores no corpo instrumento é diversa, mas sempre estratégica. Nos modelos em existem três deles, o captador encontrado mais abaixo, próximo da ponte, capta o som mais agudo proveniente dessa área em que as cordas se encontram com maior tensão, enquanto o captador do braço, atrai sons mais graves, proporcionados pela região, sendo ideal para solos lentos. Já o captador do meio, que fica entre os demais, se encontra em uma região de frequência médias-agudas, fazendo com que este se adapte melhor a diversos sons e estilos.

Para auxiliar no emprego dos captadores, a chave seletora, que se encontra próxima a eles, tem o papel de selecioná-los e posicioná-los, dando liberdade ao guitarrista quanto ao uso do instrumento e criação de timbres diferenciados.

Imagem de uma guitarra com indicadores dos nomes de cada parte do instrumento.

O material utilizado na fabricação do corpo do instrumento pode alterar seu som: quanto mais denso o material, maior sua sustentação natural.  É comum a utilização de madeiras secas naturalmente ou em estufas, tais como mogno, nogueira, freixo (ash), amieiro (alder) e maple. No Brasil são encontrados também modelos construídos em imbuia, pau-ferro, louro-preto, marfim, jacarandá (rosewood), entre outros.

Imagem do corpo maciço de uma guitarra sem acabamento mostrando os espaços de encaixe dos captadores, knobs e chave-seletora onde se encontra a parte elétrica do instrumento.

O corpo de uma guitarra pode ser construído utilizando um único bloco sólido de madeira esculpida ou através da construção tipo sanduíche, onde uma peça de madeira clara é disposta entre duas outras. Nessa forma, a madeira posicionada entre as demais é um bloco laminado que vai da base do corpo até o fim da paleta (headstock), não havendo juntas entre o braço e o corpo do instrumento (braço integral). Além disso, uma peça de madeira clara também é disposta sobre a face do instrumento, formando uma espécie de “tampo” em sua parte frontal.

Já o braço da guitarra se aproxima fisicamente ao braço do violão. Porém, o braço da guitarra foi projetado para trazer um pouco mais de facilidade para a realização de solos, logo, a parte que corresponde à junção do braço com o corpo do instrumento tem um corte mais simples. Dessa forma, o acesso do músico às casas mais próximas ao corpo se torna mais livre, permitindo a exploração das mesmas para a reprodução de belos solos musicais. Além disso, a sustentação é essencial para o conforto do guitarrista, porém é uma questão dependente também do tipo de madeira utilizada na construção do instrumento.

O braço liga o corpo ao headstock, que pode ser formando uma peça única ou pode ser uma peça separada apenas conectada ao braço. É no headstock que são fixadas as extremidades superiores das cordas e onde as tarraxas se encontram. Com as tarraxas, o músico é capaz de ajustar a tensão das cordas a fim de alcançar a afinação perfeita.

A outra extremidade das cordas é fixada na ponte, que se encontra na parte inferior do corpo. Feita de metal, a ponte pode ser fixa, proporcionando uma melhor fixação e afinação das cordas, ou móvel.

Imagem mostrando o corpo de uma guitarra pronta, com um indicador para a alavanca

A afinação com uma ponte móvel é mais complicada, entretanto ela possibilita a realização de vibratos e outras técnicas que utilizam a sensibilidade dos movimentos das cordas, já que ela permite que as cordas fiquem mais soltas em determinados momentos. Para que esse movimento aconteça, é utilizada a alavanca, possibilitando a realização de vibratos e bands à medida que é aproximada ou afastada das cordas.

Para que todo esse movimento seja audivelmente perceptível, as cordas da guitarra são leves, facilitando o deslocamento e colaborando com a melhor performance das técnicas realizadas pelo guitarrista. Elas recebem a tensão e provocam o som a partir de sua vibração. São feitas de aço e são encontradas em vários diâmetros disponíveis no mercado.

Botão de knob sem revestimento acoplado ao potenciômetro.

Junto de todos esses componentes encontramos os knobs, também usados nos baixos elétricos, que são botões localizados no corpo do instrumento. O botão de volume tem a função de aumentar ou diminuir o nível de saída do som do instrumento com ajuda de um potenciômetro, que controla o fluxo da corrente elétrica que passa por ele, podendo ser ajustado de acordo com o volume preferido pelo músico. Também podemos encontrar um ou mais botões de tone, acoplado a um outro potenciômetro que pode cortar frequências agudas. Desse modo, o guitarrista tem o poder de controlar de acordo com sua vontade os “agudos” e “graves” dos sons da guitarra.

Como pudemos perceber, é necessário saber de muitas coisas para construir uma guitarra e com o passar do tempo, foram surgindo variações das funcionalidades e formatos de guitarras, gerando diferentes tipos do instrumento.

Preparamos, então, o artigo https://musicvaz.com.br/blog/conheca-os-tipos-de-guitarras-mais-famosos-do-mundo/ para que você possa se familiarizar um pouco mais sobre cada um desses tipos e ficar por dentro de todo o conhecimento desse instrumento tão popular no mundo da música!


REFERÊNCIAS

GUITARRA e Suas Partes. Music Jungle, 2021. Disponível em: https://musicjungle.com.br/blog/guitarra/guitarra-e-suas-partes. Acesso em: 27 de ago. de 2021.

DENYER, Ralph. TOQUE: Curso Completo de Violão e Guitarra. Londres: Editora Rio Gráfica, 1982.

WARREN, Denis. Aprendendo Guitarra (Parte 1) – As Partes da Guitarra. Guitar Battle, 2014. Disponível em: http://www.guitarbattle.com.br/licoes/2684-aprendendo-guitarra-parte-1-as-partes-da-guitarra.html. Acesso em: 27 de ago. de 2021.

CAMPOS, Roger. Conhecendo as Partes da Guitarra. Escola Virtual de Música, 2015. Disponível em: https://www.escolavirtualdemusica.com.br/conhecendo-as-partes-da-guitarra/. Acesso em: 27 de ago. de 2021.

POTENCIÔMETRO, O Que É, Para Que Serve, Tipos, Aplicações e Como Funciona. Como Fazer as Coisas. Disponível em: http://www.comofazerascoisas.com.br/potenciometro-o-que-e-para-que-serve-e-como-funciona.html. Acesso em: 27 de ago. de 2021.

IVAN. Como Usar a Alavanca da Guitarra Funcionamento e Exercícios. Cidades do Meu Brasil. Disponível em: https://www.cidadesdomeubrasil.com.br/blog/como-usar-a-alavanca-da-guitarra-funcionamento-e-exercicios/. Acesso em: 30 de ago. de 2021.

GARGITTER, Siegfrid M.. Partes da Guitarra | Conhecendo seu Instrumento por Inteiro, 2018. Disponível em: https://aprendendoviolaoeguitarra.com/partes-da-guitarra/. Acesso em: 30 de ago. de 2021.

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